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5 motivos para não investir em Corporate Ventures

Estratégias de conexão entre grandes e tradicionais empresas com pequenas startups em diferentes setores do mercado está cada vez mais comum. Estabelecer sinergias entre a força da corporação e a velocidade das startups torna o caminho de inovação muito mais curto.

Corporate Venture é uma metodologia de inovação corporativa que surgiu em meados da década de 80 em empresas nos Estados Unidos e Europa. Esse método foi rapidamente adotado pela capacidade de propulsão em termos de criatividade, flexibilidade, agressividade competitiva e inovação que as iniciativas rapidamente ocasionaram nessas empresas.

Esse método, também chamado de corporate venturing (CV), normalmente é praticado com o objetivo de desenvolvimento de novos negócios, seja para lançamento de um novo produto ou para tornar processos internos mais dinâmicos e eficientes.

A relação entre a grande empresa e a startup é feita principalmente pelo investimento financeiro, parceria comercial, desenvolvimento de tecnologia e principalmente troca de experiências e conhecimento no setor.

De acordo com a Endeavor, Corporate Venture é a expressão utilizada para caracterizar os investimentos de empresas em negócios nascentes. Em outras palavras, grandes organizações se tornam investidoras e futuras compradoras de startups.

A maneira com que os projetos de CV são operacionalizados são muito parecidas com as práticas tradicionais de investimento via Venture Capital (investimento financeiro de alto risco). Contudo, a estratégia é totalmente diferente, sendo que no caso de Corporate Venture, em vez de fundos independentes ao negócio primário da empresa, há sempre grande sinergia entre as empresas.

Mas, sendo assim, segue abaixo os 5 motivos para se não investir em CV:

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  1. Cultura, Comunicação ou Branding

    As estratégias nesse tipo de metodologia não são ideais para métodos de cultura corporativa, comunicação ou qualquer tipo de influência de branding.

    São métodos que exigem muito investimento, que envolvem uma carga alta de risco, planos estratégicos de negócio deverão são elaborados e pessoas de departamentos diferentes serão envolvidas.

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  1. Aumento de Valuation da Startup

    Não é um método indicado caso seu objetivo seja apenas valorização do capital da pequena empresa. Essa prática é muito comum em estratégias de Venture Capital tradicionais mas não é indicado em operações desse tipo.

    Corporate Ventures são indicados principalmente para a elaboração de projetos e sinergias de negócio, investimento puramente de capital não é interessante nesse formato.

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  1. Eliminar Competidores

    Estratégias de aquisição completa de empresas é muito comum no relacionamento entre empresas em todos os setores. Porém existem práticas muito mais preparadas para esse tipo de estratégia do que os conceitos de CV podem entregar. Caso esse seja seu objetivo, procure métodos relacionados a M&A.

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  1. Adquirir Propriedade Intelectual

    Em grande parte das estratégias padrão de CV, não existe uma obrigatoriedade de transferência na propriedade intelectual ou até mesmo na elaboração de um produto passível de patente durante o relacionamento.

    Claro que existem exceções, mas via de regra, absorver a propriedade intelectual das startups não deve ser o principal motivador para esse método.

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  1. Outras empresas do seu setor estão fazendo

    Mesmo sendo, quase, óbvio que estratégias desse tipo não devem ser feitas apenas devido movimentações de outras grandes corporações acredito que seja importante relembrar.

    No Brasil, há cerca de alguns anos, as grandes empresas levantaram as mangas e começaram de fato a investir em inovação aberta e startups. Movimentação que faz muito sentido observando o novo contexto econômico e práticas que estão sendo cada vez mais adotadas em todo o mundo.

    Caso outra empresa esteja se movimentando na sua frente:
  • Respire fundo
  • Defina uma estratégia condizente com seus objetivos e as características da sua empresa
  • Traga parceiros que vão te agregar com know-how em investimentos com startups.

Mão na massa!

Maike Robert

Maike Robert

I make digital products. Head de Produto e Co-Founder do DisruptBox. No mercado digital há 17 anos, é especialista em desenvolvimento e gestão de produtos digitais.

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