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O que significa inovação colaborativa na prática?

É uma tendência mundial nas empresas tradicionais a abertura da caixa de P&D para além das paredes do escritório. Acreditar que as principais ideias serão todas executadas internamente não é mais uma realidade. Porém, como investir em inovação colaborativa e estruturar um processo de inovação aberta?

No Brasil as grandes organizações, por mais que já estão començando a investir em inovação aberta, ainda se movimentam de forma sutil nesse sentido e falta processos estruturados, métricas claras e estratégia a longo prazo. Essas empresas por maiores que possam ser, possuem em grande maioria uma estrutura voltada à eficiência, processos burocráticos e controle de qualidade em nível de excelência.

Essas características normalmente prejudicam o processo de inovação, reduzindo a capacidade criativa, burocratizando processos simples, aumentando a aversão ao risco e não proporcionando um ambiente seguro para que o time possa experimentar produtos e serviços completamente diferentes da realidade da operação.

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A inovação colaborativa é um processo em que múltiplos atores (dentro e fora de uma organização) contribuem para criar e desenvolver novos produtos, serviços, processos e soluções empresariais.

Esses atores são diversos e podem ser diferentes de acordo com o projeto que pretende se desenvolver, mas basicamente conectam:

  1. Áreas de negócio da corporação
  2. Atuais e potenciais clientes
  3. Startups que atuam no setor

As empresas que promovem formas abertas de colaboração se beneficiam de ter acesso a diferentes capacidades e conhecimentos, melhorando sua competitividade e acelerando seu processo de inovação. Elas usufruem do know-how do mercado, conexões estabelecidas na indústria e especialistas da empresa, mas também trazem a

  1. Velocidade
  2. Criatividade
  3. Cultura
  4. Tecnologia
  5. Visão
  6. Estratégia

dos atores de fora da organização.

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Como funciona na prática?

Existem cinco passos fundamentais para iniciar uma estratégia de inovação colaborativa na sua empresa. Vamos lhe apresentar em detalhes cada uma delas.

  1. Regras do jogo claras

    Deixe claro para o agente externo (cliente ou startup) qual o objetivo que vocês pretendem atingir e o que vocês esperam dessa parceria de negócio. Também alinhe o que você expera obter desse parceiro em relação a comprometimento, resultado e comunicação. Lembre-se que esse método tende a agregar muita escala e velocidade à grande empresa, mas a startup também pretende absorver novos conhecimentos do mercado e expansão de networking nessa parceria.
  1. Mapeie o mercado e encontre o parceiro ideal

    Selecionar o parceiro certo é importante, por isso é necessário gastar tempo e esforço para examinar as redes para identificar potenciais parceiros com conhecimentos e recursos complementares que possam pensar estrategicamente sobre a inovação colaborativa com você. O sucesso ou fracasso desse novo projeto pode ser muito influenciado pela capacidade técnica das pessoas que vão trabalhar com você.

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  1. Processo estruturado e Estrutura flexível

    Tenha uma estratégia pré-definida antes de começar a trabalhar e de preferência com um processo estruturado e validado por outras empresas de segmento ou porte semelhantes. Essa preparação vai fazer com que as pessoas envolvidas possuam as ferramentas necessárias para se manter produtivas. Lembre-se que o projeto é vivo e muitas vezes haverá a necessidade de ajustes na rota, mantenha uma estrutura flexível que permita velocidade de execução.
  1. Contratos e relação ganha-ganha

    Manter a credibilidade e idoneidade da marca é algo fundamental para as grandes empresas, nesse sentido é válido uma relação de benefícios claros para ambas as partes. Mantenha os contratos simples e direto ao ponto, as empresas jovens vão se sentir mais confiantes de trabalhar com você e o resultado tenderá a ser muito melhor. Estratégia e visão de longo prazo é o grande segredo na negociação.
  1. Seu time está preparado

    As empresas tradicionais devem ter o cuidado de não cair na armadilha da tentativa de absorver a empresa menor no curto ou médio prazo ou colocar essa startup na mesma esteira de burocracias dos processos internos. Prepare sua corporação para receber essas startups, ou se conecte com parceiros que possam te ajudar a fazer isso de forma simples e eficiente.

A inovação colaborativa já é uma realidade em todo o mundo, beneficiando grandes e pequenas empresas, usando métodos de open innovation, corporate venture e business development.

É muito importante ter conhecimento a respeito desse assunto para tirar seus projetos do papel de forma eficiente e veloz.

Gustavo Silva

Gustavo Silva

Fundador do DisruptBox, também é diretor da aceleradora de startups Liga Ventures. Ampla experiência em inovação e investimentos no Vale do Silício e conectando startups e corporações.

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