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O que é inovação aberta? 5 exemplos práticos no Brasil

Inovar dentro de grandes corporações é algo fundamental para que a proposta de valor aos clientes se mantenha válida e ativa independente das mudanças que ocorrem no mercado. Mas a forma e a estratégia podem ser decisivas para o sucesso ou fracasso dos projetos.

O que é inovação aberta?

Esse método de inovação é normalmente representado pelo momento onde a organização percebe que não é eficiente nem eficaz utilizar apenas em seus próprios conhecimentos, fontes e recursos internos (como sua própria equipe de P&D, por exemplo) para inovar no mercado, seja nos produtos, serviços, modelos de negócios, processos internos, logística, vendas, dentre outros.

Dessa forma, a grande corporação passa também a usar diversas fontes externas para impulsionar seus projetos de inovação, sendo essas fontes sendo representadas por potenciais clientes, universidades, startups ou pequenas empresas inovadoras e até mesmo pessoas físicas com excelentes ideias sobre o setor.

Inovação aberta pode ser classificada em 2 grupos principais:

• Inovação aberta de entrada
• Inovação aberta de saída.

Inovação aberta de entrada

A inovação de entrada é sobre o mapeamento de ideias e conhecimento de fora da organização, refino e curadoria sobre essas oportunidades coletadas e depois, após a seleção das melhores soluções, internalizar esses projetos com o objetivo de solucionar problemas internos ou lançar novos produtos no mercado.

Inovação aberta de saída

A inovação de saída é basicamente o inverso, a captura de ideias e oportunidades acontece internamente desenvolvidas no ambiente da organização, e a abertura ocorre para validação dos projetos ou para serem influenciados, diretamente, por agentes externos em uma fase mais adiantada dos projetos.

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Exemplos práticos no Brasil

Agora que você já compreendeu sobre o conceito de inovação aberta e suas duas principais categorizações, separamos nesse artigo 5 exemplos de iniciativas para você utilizar como benchmark.

  1. Liga Ventures

    Aceleradora de startups brasileira totalmente dedicada a conectar startups e grandes empresas, utilizando práticas de inovação aberta e corporate ventures.

    O método é basicamente composto em identificar as melhores startups, aproximá-las de corporações consolidadas e alavancá-las com um programa de aceleração personalizado para solucionar os desafios das grandes empresa.

    Todos ganham nesse processo: as startups conseguem maior alcance no mercado, mais recursos, aumentam sua rede de contatos e dão um passo importante em ganho de escala. As grandes corporações conseguem inovar mais rápido, gerar novas oportunidades de negócio e aprender com a cultura empreendedora da startups.
  1. Cubo

    É um dos mais relevantes centro de empreendedorismo tecnológico de toda a América Latina. Essa iniciativa foi fundada pelo famoso Itaú Unibanco, em parceria com a Redpoint eventures.

    O objetivo com essa iniciativa é conectar em um espaço unificado agentes do ecossistema de inovação como:
  • Empreendedores
  • Grandes empresas
  • Investidores
  • Universidades e Incubadoras
  • Aceleradoras
  1. Oxigênio Aceleradora

    A Oxigênio é uma aceleradora de startups voltada a identificar startups com soluções inovadoras e que tenham sinergia com a Porto Seguro e seus setores de atuação.

    As startups, por sua vez, recebem investimento direto de pelo menos US$ 50.000,00 e ainda são aceleradas por três meses no Centro de Inovação da Oxigênio, que fica em São Paulo, e mais três meses na sede da Plug and Play, no Vale do Silício.

    Além disso, são oferecidos à esses negócios:
  • Fazer negócios com empresas do grupo Porto Seguro
  • Receber mentoria com grandes nomes do mercado
  • Utilizar serviços e ferramentas com condições especiais
  • Rede de relacionamento para crescerem mais rápido
  1. Fast Dating

    O Fast Dating é um método simples e eficiente para que a Tecnisa possa conhecer ótimas startups no mercado e descobrir grandes oportunidades no setor.

    São rápidos encontros periódicos entre startups e tomadores de decisão internos. Ao todo, são disponibilizados 10 minutos de apresentação para cada startup, incluindo um tempo para tirar dúvidas.
  1. Wayra

    Aceleradora de startup corporativa de iniciativa do Telefónica Open Future, programa de inovação aberta e apoio ao empreendedorismo do Grupo Telefónica (no Brasil representado pela VIVO).

    A aceleradora investe em startups que atuam no segmentos:
  • Internet das Coisas
  • Soluções digitais em telecomunicações
  • Fintech
  • Agtech
  • SaaS (Software as a Service)
  • Big Data
  • Machine Learning
  • Inteligência Artificial
  • E2E (end to end)
  • Edutech
  • Segurança
  • Media
  • Comunicação
  • Games

    O programa de aceleração tem duração de 12 meses e conta com um investimento financeiro no valor direto de U$ 50 mil além de US$ 50 mil em serviços de apoio.
Gustavo Silva

Gustavo Silva

Fundador do DisruptBox, também é diretor da aceleradora de startups Liga Ventures. Ampla experiência em inovação e investimentos no Vale do Silício e conectando startups e corporações.

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